Joaquim Pedro de Andrade

Por que você faz cinema?
Para chatear os imbecis / Para não ser aplaudido depois de seqüências dó-de-peito / Para viver à beira do abismo / Para correr o risco de ser desmascarado pelo grande público / Para que conhecidos e desconhecidos se deliciem / Para que os justos e os bons ganhem dinheiro, sobretudo eu mesmo / Porque, de outro jeito, a vida não vale a pena / Para ver e mostrar o nunca visto, o bem e o mal, o feio e o bonito / Porque vi Simão no Deserto / Para insultar os arrogantes e poderosos, quando ficam como cachorros dentro d’água no escuro do cinema / Para ser lesado em meus direitos autorais.

A Descoberta de uma alma.


Bruna Mendes Roza Rodrigues
Blog: http://bubuhdulce.blogspot.com/

Nunca soube realmente o que eu era ou o que eu deveria ser.
Nunca soube sorrir na hora errada ou afogar-me em lágrimas na hora certa.
Nunca soube decidir o quão seria forte, ou não.
Porém, desde que soube o que minha alma pensa, passei da ilusão para a verdadeira solidão.
Descobrir o verdadeiro valor de um sorriso talvez se encontre na mesma intensidade de descobrir o sopro da palavra, já que lá do fundo vem o verdadeiro reflexo do que encontro em minha alma.
Nisso, Clarice me inspira.
Clarice consegue reviver cada pedaço da minha carne, do meu olhar ao redor de um mundo que nada vale, que dificilmente escolhe-me.
Sua influência transgride o nada para o tudo, o vazio para o completo. Seu olhar sobre o mundo passa a mim a clareza do que posso ou não encontrar em uma vida que ainda não encontrei.
Clarice leva-me para um interior no qual ainda não havia encontrado. Um interior nulo e completo de enigmas irracionais que não posso descobrir. Leva-me para uma possível vida fora da vida. Leva-me para outro mundo. Mundo no qual encontrei ao entrar dentro de mim, depois de tentar decifrar seu interior. Sua influência foi tamanha que hoje, escrevo de uma maneira prestes a libertar tudo o que sempre tentei, mas que com as dificuldades não fui capaz de conseguir. Clarice entrou em minha alma e em um pedaço de minha existência. Como se fosse um diário de minhas palavras, descobri em seus feitos uma outra sensação. Sensações do completo e do vazio, do ser e não ser, do ter encontrado o que talvez não quisesse ter sido encontrado.
Clarice reavivou com seu sopro de virtudes e pensamentos, uma outra parte de meu interior. Descobri que posso ser e posso sentir. Descobri que uma simples e modesta palavra muda um interior perdido. Descobri a luz em cada palavra e em cada pedaço de um olhar diante da vida.
Mostrou a mim que cada palavra tem um significado tão forte capaz de matar e reviver, capaz de reacender o fogo dos olhos de quem um dia havia perdido. Foquei-me em sua liberdade individual de alcançar suas plenitudes sem que o meio pudesse ser capaz de interferir, pois para mergulhar em seu mundo, é preciso ter consciência de seu próprio psicológico. Suas palavras são tão intensas capaz de transformar toda uma vida, por isso conseguiu mexer com nossos mais secretos medos e desejos. Transformou meus mais secretos medos em próprios desejos.
Sinto-me como se estivesse em cada livro e em cada espaço de suas linhas, como se me transportasse a outro mundo, o mundo de Clarice, e em cada mudança de página, preciso viajar dentro de meus suspiros, para conseguir voltar a ler. Por isso para ler Clarice, é preciso ter maturidade sobre sua alma, é preciso ser tocado por cada linha e por cada palavra. Lispector me instigou a procurar outro mundo ao escrever, a encontrar outra luz que ainda não havia percebido. Abriu em mim, o recomeço de uma nova felicidade.

De mentira, de Verdade. Questão da Dani no Face

Ailce Kênia Assis Carvalho Olha, eu sou uma pessoa de verdade, cristã e meu nome significa verdade. Já fui muito enganada por quem é de mentira. Porque sou uma pessoa de coração puro, ingênua em muitas coisas. Normalmente, vemos no outro o que somos. Mas, nunca Deus ...permitiu q eu caísse em armadilhas, mas q fosse enlaçadas nelas pra eu aprender a me defender de mim mesma. Porque nós mesmos nunca conhecemos o outro; nosso coraçao é enganoso. Só o Espírito Santo é quem pode nos mostrar se uma pessoa é de mentira. Só Ele. E eu só creio nele, nem em mim mesma, justamente pela pureza do meu coração. Então, quem é de mentira engana sim quem é de verdade. Mas se quem é de verdade confia plenamente em Deus, esse não fica nas mãos de quem é de mentira. Falei de mim mesma pra mostrar q eu tenho essa verdade escrita nas tábuas domeu coração.Ver mais


há 8 minutos · Curtir (desfazer)Curtir · 2 pessoasVocê e Dani Morreale curtiram isso.

Porfolio Saulo Salomao - ator -

Quero estar nesta praia

Comercialização e distribuição de peritos Thomas Mai discute uma das maiores ferramentas de promoção cineasta um arsenal: iniciando um movimento para o seu filme . Nesta entrevista, Thomas discute o porquê e como iniciar um movimento, bem como dá exemplos práticos de cineastas que iniciaram o movimento para seus filmes.
Além disso, aqui é meu exemplo favorito de um filme que criou um movimento e outro que fizemos referência no vídeo - "O Cavaleiro das Trevas", da Warner Brothers. Eu sei que é um filme de estúdio, mas abrir a mente um pouco e você vai ver muitas coisas que você pode cooptar para o seu indie. APROVEITE!
http://www.youtube.com/watch?v=VpuC7HhCPWA

O drama nosso de cada dia

- Por que a humanidade vive em constantes dramas? Conflitos nos relacionamentos, no ambiente de trabalho, com os familiares? Doenças e achaques diversos? Crises financeiras ou existenciais ou espirituais?
-Raros são os momentos em que não há um drama acontecendo com alguém.
-Como tão bem coloca a Análise Transacional (teoria de personalidade, de Eric Berne), nós usamos jogos psicológicos (um conjunto repetido de transações, não raro enfadonhas, embora plausíveis e com uma motivação oculta) o tempo todo e no meu caminho de expansão da consciência, através dos mestres ascensionados, me foi colocado ser o drama um desses jogos (com a diferença de não ser um jogo transacional, mas um jogo solitário).
- Como psicóloga conheço bem do que é capaz a mente humana em matéria de desvarios, mas por alguma defesa inconsciente minha não conseguia aceitar que os nossos dramas, todos eles, fossem mais um dos jogos psicológicos que usamos.
- Ficava me perguntando: quer dizer que procuramos o sofrimento, que vamos ao encontro dele? Eu, pessoalmente, odeio sofrer, é algo que me irrita profundamente, então continuava me analisando e procurando ver como eu tinha “criado” ou “atraído” tal ou qual drama pelo qual já tinha passado.
- Foram muitos anos de auto-análise e auto-observação constante com momentos de aceitação de minha responsabilidade na criação do drama e outros de negação, negando e/ou projetando minhas mazelas, atribuindo-as a outrem ou circunstâncias externas.
- Bom, aos poucos, com o crescimento de minha auto-estima, os dramas foram diminuindo e comecei a notar que, na maior parte do tempo, eu vivia em estado de paz interior, a chamada paz de espírito. Finalmente, então, admiti que meus dramas eram criados ou atraídos por mim mesma. O passo a seguir foi, quando da aproximação de um próximo drama, analisar detidamente o que estava acontecendo e o porquê. E assim o faço até hoje.
- Dentre as crenças limitantes que temos, a de que a vida aqui no planeta é um mar de lágrimas, intercalado por momentos bons, é mais uma delas.
- É uma crença bem introjetada em nosso psiquismo. As pessoas acham que sofrer faz parte da condição humana.
- Outro dia assisti a um exemplo disso num programa televisivo onde ouvi um dos participantes dizer que ter a vida tumultuada e conflituosa é um tipo de paz de espírito. Outro disse que pessoas muito zen, com paz de espírito eram muito chatas de se conviver.
- A que cúmulo chega a hipnose humana nessa Matrix em que vivemos! Estar tão acostumados com o drama, o conflito e o negativo que a pessoa fora desse contexto é considerada chata!
- Claro, pois o drama acrescenta adrenalina ou como os mestres dizem: “nos faz sentir que estamos vivos”. Eles dizem que criamos o drama para afastar o tédio. E é verdade. Achamos a vida sem graça quando nada de diferente ou excitante acontece e como crianças, que fazem birra para chamar a atenção, criamos dramas para nos entreter já que, por estarmos tão afastados de nossa real e criativa essência, não conseguimos criar conscientemente eventos apaixonantes e excitantes.
- A essas alturas sei perfeitamente que alguns de vocês estão sentindo como se tivessem levado um soco no estômago e outros estão balançando a cabeça e pensando: quanta besteira isso tudo, não é assim, mesmo.
- Eu sei, já pensei assim também. Já usei de todas as racionalizações (sou boa nisso porque sou inteligente) possíveis e imagináveis.
- Não adianta espernear, nós somos os responsáveis por tudo, absolutamente tudo o que acontece conosco, seja porque o manifestamos conscientemente ou, o que é pior, inconscientemente.
- Sei que a maioria das pessoas, por não se conhecerem ou por nunca terem feito alguma terapia costumam atribuir a “culpa” de muitas das suas desgraças a fulano, beltrano, ao governo, à má sorte e alguns, religiosos, a atribuem ao “diabo” porque esse... he he he tem as costas largas...
- Enquanto o ser humano não se conscientizar e aceitar que é o criador de sua realidade continuará sofrendo, não tendo paz de espírito, adoecendo (somatizações), sendo “vítima” e padecendo de todas as mazelas que até hoje caracterizam tão bem a existência humana.
- PS. Ah, eu tenho muita paz de espírito, raramente surge algo com cara de drama na minha vida (logo analisado) e absolutamente não sou chata!

Lei Reuanet - Oh Brasil brasileiro!?!?!?!?!.,

Sabemos todos que, para que continuem captando dinheiro público com fartura e irresponsabilidade, eles caem no apelo barato de buscar frases carregadas de clichês sempre adornados por acusações obscurantistas de nazismo, fascismo, stalinismo, na tentativa de provocar sensações fortes.

O fato é que, por falta de argumentos para justificar tanta lambança e roubos, a cultura brasileira viveu nas mãos do empreendedorismo de captação viciado e dependente da Lei Rouanet.
O debate sobre cultura no Brasil anda pela hora da morte, chegando perto do inferno com cacoetes detestáveis. A isso alguns ainda chamam de eficiência. Ora, há um retrocesso na essência do pensamento provocado pelo assunto de financiamento eterno, como se a cultura tivesse que, por excelência, viver desse “bicho” nacional que é a Lei Rouanet. Isso só funciona, para alguns que fazem da captação de recursos carreira e indústria de compadrio, o que não tem qualquer valor para a cultura brasileira, ao contrário, joga a cultura que tem uma função social fundamental para o país, numa condição dramaticamente inferiorizada.
Ora, isso é ridículo! Além de não ter nenhuma grandeza social e nem valor ético, coincide com uma sorumbática forma de promover cultura no Brasil. Tudo soa falso nessa escala exótica que não esconde sua sede de dinheiro público farto e contínuo. Eles são deficientes em qualquer forma de pensamento cultural, e ainda dizem ter força para organizar a cultura nacional! Tudo isso não passa de um rebuliço mentiroso e repugnante.
O que mais assusta não é simplesmente querer demonizar um Ministro como sistematicamente acontece aqui nesta tribuna, como foi com Juca Ferreira, o pior é passar a idéia de que todos nós da cultura somos abestalhados e fomos hipnotizados pela tortura psicológica de um nazo-ministro. Ora, quanto tempo será necessário para sairmos dessa baixaria? Quando a crítica é feita nessas proporções, não tem nenhum valor, ao contrário, mostra que a transmissão virulenta tenta esconder um volume traiçoeiro de fracassos para manter essa similistronca chamada Lei Rouanet. Eles querem estabelecer, na base do grito, uma idéia normativa de adotar esta lei como valor imperativo, eficaz para qualquer circunstância da cultura brasileira. Ora, não precisa ser gênio para saber que esse discurso não defende a cultura, o que existe é uma luta para manter um significativo privilégio de arrecadar milhões e milhões de recursos públicos sem ter que explicar nada à sociedade. Isso é uma deformação ritualizada por um discurso vazio, uma pregação que utiliza a magia do medo para sentenciar o Estado e que interessa somente a quem fez da captação de recursos uma prática profissional de submundo. Isso tem que ser repudiado, porque esse indecoroso discurso captador defende a comodidade, a covardia e a pretensão. Isso é uma falsificação evolutiva que reflete as características de um comercio de leis de incentivo, jamais de arte.


A cultura brasileira não é para a sociedade o cocô do cavalo do bandido, ao contrário, a sociedade brasileira sabe o que tem valor em nossas manifestações. O que se vê é que cada vez mais sociedade cria couraças críticas contra quem utiliza critérios sofismáticos para manter a mão no bolso do cidadão comum.


A sociedade é crítica o suficiente para perceber o que é um critério legítimo para se valorizar a cultura brasileira e o que é socialmente primitivo, bruto e, na grande maioria das vezes, tosco, como um processo de um roubo mecanizado com ares de fomento científico que deixou a imensa maioria de artistas brasileiros em estado de anorexia.
Enfim, vamos tentar facilitar o debate e transpor o pensamento e o sentimento contido na alma da cultura brasileira para o que é recomendável dentro de uma arena livre, mas, sobretudo responsável na linha do debate. Ninguém suporta mais esse esquema formal e obrigatório de falar mal do Ministro da Cultura para continuar executando, através da Lei Rouanet, um enorme desperdício de vultosas verbas públicas que passam pelas mãos orquestradas daqueles que têm na cabeça o cocô do cavalo do bandido como solução para a cultura brasileira, mas que também têm uma forma própria e brilhante de se fazerem líderes de uma patota que centrifuga, através da sórdida política corporativa, os recursos extraídos do suor da população brasileira.