SOBRE QUALQUER POESIA

Às vezesOdeio a poesia
Porque sei dos parâmetros da estética
E não suporto parar no limite da razão
Às vezes finjo que sei fazer poesia
Outras, até discuto alguns conceitos
E compreendo o gosto crítico
Às vezes
Eu traio a poesia
Como a mim mesmasem crédulo algum
Às vezes
A poesia me transfigura na rasura
E gosto disso
De materializar qualquer pira
Às vezesMe permito à adoração
E adoro esquecer processosdos mais criativos, ordinários e imbecis
Às vezes
Eu não quero ser eu
E tenho vontade de burlar minha história
De todo dia...
Às vezes
Gosto de escrever poesia
Das muitas vezes não escrevo
Mas topo com situações que se eu pensar muito, escrevo."

DANÇA

"Dançar é escrever com o corpo no espaço estendido á frente, alongar-se, encolher-se, rodopiar, inclinar-se. Jogar-se em absoluta confiança no Outro.
Dançar é interpretar com meneiose oscilações impressionantes ao nosso olhar supreso, pois temos os pés no chão, as nuances da mensagem, do enredo, da palavra em das formas desenhadas no espaço...
...Há um sol em cada um dos olhos, às vezes, um luar de ouro, pois sempre brilham de prazer, no vício sagrado impossível de desfazer
...O dançarino tem um pouco de ave e de borboleta ou libélula, ou pluma, ou floco de algodão, ou pétala, ou poalha , a dançar na luz..."
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte

TEATRO


"Sim é teatro.É teatro a vida de cão que carregamos, e que nos roi infinitamente os ossos.É teatro a máscara que se entranha na pele do “politicamente correcto”Primeiro estranha-se depois entranha-se.Bendita água suja do imperialismo, que nos inunda as entranhas.Sim é teatro.E se as árvores não morrem de pé, morrem queimadas.É teatro.E se fingo amar-te é teatro. E se não o fingir também é.É teatro querer escrever poemas.Sem ser poeta.Ser poeta é teatro.São as lágrimas que apagam as máscaras e fazem subir o pano.São teatro.É a gargalhada contida e o esgar de dôr da náusea existencial, é teatro.É um querer incontido de quer pensar a peça. E pedir que começe a cena.É teatro.É a fuga constante dos relógios apressados.E a noite chega. Estou só. Como nunca. Tiro a máscara. Acabou a peça.Deixa-me ouvir o silêncio do teu aplauso".

CIRCO





Palhaço é a arte do encontro
A presença dos artistas errantes nas cidades causava uma série de mudanças em seu cotidiano. Entretanto, se havia o receio, um sentimento inegavelmente presente, havia também o deslumbramento, não menos marcante.
Seria muito simples pensar na mera coexistência dessas sensações: medo e fascínio.
Mas talvez um outro esquema possa expressar mais adequadamente as relações entre estes nômades e os sedentários: temor e maravilhamento se enredavam nessa trama. Temia-se justamente a sensação explosiva e alegre, difícil de ser contida, assim como a incontrolável e prazerosa transformação da cidade.
Por outro lado, os perigos daí decorrentes atraíam.
O que maravilhava também ao mesmo tempo assustava: as possibilidades abertas pelas alterações advindas do nomadismo, explicitado não apenas na mobilidade geográfica dos artistas, mas, como veremos, no estilo de vida por eles construído.

ARTES PLASTICAS

As “Artes Plásticas” não são nada mais que a capacidade de moldar, modificar, reestruturar, re-significar os mais diversos materiais na tentativa de conceber e divulgar nossos sentimentos e, principalmente, nossas idéias.
È a essência do plástico. Um material inicialmente líquido que se pode transformar em qualquer tipo de utensílio, objeto, peça ou componente, necessitando apenas, neste processo, da criatividade não só de conceber o objeto em si, mas também do processo de produção deste objeto. Por isso Artes Plásticas.

MUSICA


A música é a linguagem universal. Ela emociona a quem ouve e foge de tudo o que podemos racionalizar. Ela penetra nos nossos sentidos e altera a nossa percepção de forma mágica!A capacidade de percebermos a 'alma" do compositor em cada nota ou verso nos transporta ao mundo das sensações. A música quando tocante, certamente nasceu de um sentimento verdadeiro de quem compôs.A música é um ato de amor traduzido em palavras e sons!

LITERATURA


Sabemos que o reino das palavras é farto. Elas brotam de nosso pensamento de maneira natural, não temos a preocupação de elaborar o que dizemos ou até mesmo escrevemos. As palavras, contudo, podem ultrapassar seus limites de significação. Podendo assim, conquistar novos espaços e passar novas possibilidades de perceber a realidade. O caminho que a literatura percorre é este. O artista sente, escolhe e manipula as palavras, as organiza para que produzam um efeito que vá além da sua significação objetiva, procurando aproxima-las do imaginário. A obra do escritor é fruto de sua imaginação, embora seja baseado em elementos reais. Da concretização desse trabalho surge então a obra literária. Dotado de uma percepção aguçada, o escritor capta a realidade através de seus sentimentos. Explora as possibilidades lingüísticas e as manipula no nível semântico, fonético e sintático. A literatura é uma manifestação artística. E difere das demais pela maneira como se expressa, sua matéria-prima é a palavra, a linguagem. O texto literário se caracteriza pelo predomínio da função poética.

ESCULTURA

Escultura é a arte de representar objetos e seres através das imagens plásticas em relevo. Para tanto se utiliza de materiais como o bronze, o mármore, a argila, a cera, a madeira, e das seguintes técnicas: a cinzelação, a fundição e a moldagem. A escultura surgiu no Oriente Médio com a pretensão de copiar a realidade de forma artística, embora seja usada para representar qualquer coisa, o intuito maior é representar o corpo humano. Considerada a terceira das artes plásticas, a origem da escultura é baseada na imitação da natureza. No final do século VII a.C, os gregos esculpiam em mármores grandes figuras de homens. A escultura ganhou destaque no Renascimento, com a estátua de Davi, obra de Michelangelo.
http://www.vimeo.com/1460433http://www.vimeo.com/1460433