TEATRO


"Sim é teatro.É teatro a vida de cão que carregamos, e que nos roi infinitamente os ossos.É teatro a máscara que se entranha na pele do “politicamente correcto”Primeiro estranha-se depois entranha-se.Bendita água suja do imperialismo, que nos inunda as entranhas.Sim é teatro.E se as árvores não morrem de pé, morrem queimadas.É teatro.E se fingo amar-te é teatro. E se não o fingir também é.É teatro querer escrever poemas.Sem ser poeta.Ser poeta é teatro.São as lágrimas que apagam as máscaras e fazem subir o pano.São teatro.É a gargalhada contida e o esgar de dôr da náusea existencial, é teatro.É um querer incontido de quer pensar a peça. E pedir que começe a cena.É teatro.É a fuga constante dos relógios apressados.E a noite chega. Estou só. Como nunca. Tiro a máscara. Acabou a peça.Deixa-me ouvir o silêncio do teu aplauso".

Nenhum comentário:

Postar um comentário